O mercantilismo foi um sistema econômico que surgiu nos séculos XVI e XVII, em que o objetivo principal era acumular riqueza para o Estado. As nações europeias daquela época buscavam obter um superávit comercial, ou seja, exportar mais do que importar, para que houvesse entrada de moedas estrangeiras e, assim, fortalecer suas economias. Uma das principais características do mercantilismo era a intervenção do Estado na economia, através de políticas como a criação de monopólios comerciais, a proibição da exportação de matérias-primas e a imposição de altas tarifas e impostos sobre produtos estrangeiros. Esse sistema econômico também favorecia a exploração colonial, em que as potências europeias utilizavam suas colônias como fornecedoras de matérias-primas e como mercado consumidor de produtos industrializados. Isso contribuiu para o desenvolvimento do sistema de plantation nas Américas, baseado na monocultura de produtos como o açúcar e o tabaco, e na utilização de mão de obra escrava. Apesar de ter sido o padrão econômico predominante na Europa por vários séculos, o mercantilismo sofreu críticas e oposições, sobretudo por filósofos como Adam Smith, que defendiam uma economia baseada na livre concorrência e na especialização produtiva. Atualmente, muitos dos princípios do mercantilismo ainda são utilizados na definição de políticas econômicas em diversos países, especialmente em relação à proteção da indústria nacional e à regulamentação do comércio internacional.
